venta lá fora
um vento que não vai embora
Não se importa comigo
contigo
ou com a hora
que passa ligeira
em seu corcel branco
alheia à chuva
ao tempo
e ao pranto
que é vinho tinto diz a criança
e escorre no escuro
apagando o passado
rasgando o presente
queimando o futuro
que era como o sol sobre o mato
fazendo crescer sem rumo
tomando conta de tudo
da vida
do tempo
e do mundo.
Jauch
De cara a la Parede
(Lhasa de Sela)
Llorando
De cara a la pared
Se apaga la ciudad
Llorando
Y no hay màs
Muero quizas
Adonde estàs?
Soñando
De cara a la pared
Se quema la ciudad
Soñando
Sin respirar
Te quiero amar
Te quiero amar
Rezando
De cara a la pared
Se hunde la ciudad
Rezando
Santa Maria
Santa Maria
Santa Maria
O vento chegou-me sob a forma de uma carícia, que me beijou a alma e me refrescou o sentimento… E quanta palavras , pequenas ou não o vento leva, quantas ele traz… ⁀⋱‿◕‿◕⁀⋱‿
Sensório e reflexivo versejar, Jauch, Jauch, Jauch!! ◕‿-。
Que sua vida seja cheia de entusiasmo.
Beijos mentolados! 。◕‿◕。
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…que bela sua poesia. O vento transforma tudo… seu toque às vezes suave, às vezes ríspido, carrega não só as coisas palpáveis e concretas, carrega também, lembranças, impressões, muda os sentidos, abraça os nossos amores, enquanto somos abraçados por ele também, muda direções, desfaz certezas, se precipitando para além dos horizontes… abraços!
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Belíssima desccrição do vento enquanto alegoria para nossa vida, Jesica ^^
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Muito bom!!
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Obrigado Dulce 🙂 Que bom que gostaste ^^
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Belo!
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Obriado Tiel ^^
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Gostei muito de como uma estrofe se liga à outra. E a última ficou muito boa, gostei da metáfora nela.
Abraço.
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Obrigado Alan. A ideia foi mesmo criar uma espécie de corrente, em que o fim de uma estrofa é o motivo da seguinte 🙂
E eu estou sempre tentando que o que eu escreva seja uma metáfora… Por acaso, acho muito pouco eficiente, mas é divertido. lol
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Não diria que não é eficiente, até porque dá certa profundidade ao poema. Mas, com ser divertido, isso eu concordo!
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Ah, eu quis dizer que não é eficiente quando sou eu a tentar xD
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O vento diz cada coisinha… Desde o passado ao presente 😛
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TAmbém tu ouves o vento? Bichinho maroto. rs ^^
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😂😂
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😉
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Me lembrou que, como disse Mário Quintana, a maior dor do vento é não ser colorido. Seu poema é perfeito, Jauch!
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Se calhar é por isso que, às vezes, fica tão bravo 🙂
Obrigado Ju! Que bom que gostaste! Não sei se é “perfeito”, mas foi feito com entrega! 🙂
Beijinhos!
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O vento…diz tudo leva tudo traz tudo e no tudo cria tapetes de flores, folhas, salga as ruas com as águas dos mares, forma rios doces sob o sol que às vezes demora a aquecer nosso imaginário. O vento é o vinho das horas. Um belo poema, Eduardo e ainda você traz Llasa, verdadeiro vento solar. Abraço.
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Obrigado Fernando! Gosto dessa visão do vento… A minha foi mais “tempestuosa” 🙂 Ainda bem que o vento trás emoções tão diferentes. Gosto, por exemplo, de ir ao Cabo da Roca, entre outras coisas, porque venta. Sempre.
Lhasa é fenomenal. Pena que tenha partido tão cedo. Abraços!
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