Eu estou há meses para escrever este texto.
E agora que eu comecei, a única certeza que eu tenho é que uma dúvida atroz assola minh’alma.
Em menos de uma semana, o Brasil irá decidir quem será seu presidente para o próximo mandato de 4 anos (2019-2022). Curiosamente, a escolha recai sobre os dois candidatos com maior rejeição que concorreram. Com metade da população dizendo “PT NUNCA MAIS” e a outra metade dizendo “#ELENÃO”, a polarização tornou-se absoluta.
Eu poderia tecer minhas considerações sobre cada um deles, mas não farei isso. Não é medo ou coisa parecida. Tenho minhas convicções e não me envergonho delas. Eu já decidi meu voto. Eu tomei um lado. Eu tenho minhas razões. Mas criticar um ou outro, agora, seria praticamente inútil.
Depois de meses participando de discussões sem fim em outras redes, fica óbvio para mim que, à exceção de uns poucos que ainda estão indecisos, não serão argumentos éticos ou técnicos que irão mudar o que vai acontecer. E provavelmente nunca esteve realmente em nossas mãos. Faltando tão poucos dias para a decisão, apenas os próprios candidatos podem decidir o que quer que seja. Portanto, eu deixo isso para eles, e para quem ainda tem pachorra pra isso.
Mas eu gostava de deixar cá uma reflexão.
O Brasil é grande. O Brasil é imenso. E no Brasil há muita gente. E o Brasil é muito complexo. E o Brasil não está sozinho no mundo. O Brasil é enorme, mas ainda é só um país confuso e complexo, com muita gente com pouca instrução e muito preconceito. O Brasil é um país pequeno no mundo, e depois de crescer muito, está se tornando cada vez mais pequeno novamente.
Lembre-se disso quando você for votar em um ou em outro, com a esperança de que o seu candidato vai mudar o país, que vai trazer mais empregos, que vai moralizar a política, que vai acabar com os “inimigos da pátria” e trazer a paz e os bons constumes de volta.
Ele não vai.
E o Brasil vai continuar sendo o país do futuro, enquanto você continuar buscando um salvador da pátria a cada quatro anos… E ao que parece, esse futuro é sombrio.
Porque o Brasil é o que você faz dele. E é o que faz com ou contra os outros que também são Brasileiros.
Deixo aqui uma música que embalou minha adolescência, e que continua um retrato fiel do país…
Que País É Esse?
(Legião Urbana)
Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia iá, iá
Na Baixada Fluminense
Mato Grosso, Minas Gerais
E no Nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso
Mas o sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Terceiro mundo, se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
1Passei os últimos meses acompanhando as eleições no Brasil, e no último mês estive fora de casa, a trabalho. Por isso peço desculpas por ter meio que desaparecido das redes e de acompanhar os meus amigos aqui no WordPress e no Blogger. Já estou conseguindo normalizar as coisas. Nada como as eleições chegarem ao fim… 😉 hehe
Esta é a segunda vez que eu falo sobre o 1º de Maio, aqui no blog. A primeira você encontra aqui. Recomendo a leitura, para você compreender um pouquinho mais sobre como eu percebo a questão do trabalho no mundo.
E o que mudou de um ano para cá? Pouca coisa. O “posto de trabalho” continua sendo um bem raro e entre aqueles que conseguem um, a maioria morre de medo de perder.
“Pétalas” é o título da história criada pelo gaúcho Gustavo Borges. É uma banda desenhada (quadrinhos). É uma história muito bonita, com uma pequena curiosidade: não há “falas”, o que tornou alguns dos momentos da história bastante desafiadores, como comenta o autor no próprio livro.
Aqui em Portugal, foi editada pela Kingpin Books, em uma edição de luxo, com capa dura. A edição inclui a história, textos do autor Gustavo Borges e da colorista Cris Peter (também ela gaúcha), e interpretações das personagens feitos por outros desenhistas. Sendo um trabalho independente, tudo isso traz mais valor à obra (que seria excelente mesmo sem esses adendos).
O aspecto da ausência de falas tem variados impactos na obra. O mais óbvio é a facilidade em publicar em outros mercados, uma vez que não há necessidade de tradução da obra em si, resumindo-se aos textos dos autores.
Mas o impacto maior está, definitivamente, na leitura da obra. O leitor passa a ter uma participação mais efetiva na criação da história, uma vez que, a exemplo do que acontece com os livros (em geral), em que o leitor precisa imaginar o que o autor escreve, aqui ele precisa imaginar o que o autor não escreve. Para uma banda desenhada e para esta em especial, esse é um aspecto de muita relevância.
Confesso que os traços me lembram, vagamente, as histórias do Pato Donald. Mas se o autor foi lá beber dessa fonte, não tem importância. Os desenhos, as cores e a história são deliciosos.
Deixo aqui o link para uma entrevista, no YouTube (Canal “No Fio do Bigode”), onde o autor fala, entre outras coisas, do seu primeiro trabalho, as tirinhas “A Entediante Vida de Morte Crens” (que eu desconhecia mas vou correr atrás), o livro Pétalas e outros trabalhos. Como podem ver, é um “puto” (mesmo a entrevista sendo de 2015, ainda é. lol).
Acordo de um sonho terrível Silvos ao longe anunciavam a chegada Dos trovões que ninguém quer ouvir Ainda sinto o cheiro da carne queimada Ainda vejo as cinzas espalhadas No alto da colina que jaz morta Onde antes haviam gritos e gemidos E punhos erguidos, em uníssono Cantando uma canção, velha conhecida Mas a verdade não tardou a ser revelada Os que morreram não foram os meus Antes gente, agora corpos sem alma Que o inferno leve-os a todos Pois que a verdade me foi revelada E se eles já não existem, tanto me faz Quanto apraz Pois que antes eram gente, mas não mais
Jauch
ó.di.o
Sentimento de intensa animosidade relativamente a algo ou alguém, geralmente motivado por antipatia, ofensa, ressentimento ou raiva.
O que é o ódio?
Alguma vez na vida você já sentiu ódio por outra pessoa?
Um assassino? Um molestador de crianças? Uma pessoa violenta? Um político? Um parceiro que te traiu?
No dia 1º de Maio, hoje, é comemorado na maioria dos países do mundo o dia do Trabalhador.
Em 1886, em Chicago (EUA), uma grande manifestação aconteceu nesse dia, reinvindicando a diminuição da jornada de trabalho de 16 para 8 horas. As manifestações continuaram por dias, com enfrentamentos com a polícia, mortes e prisões.
25 de Abril
Esta é a madrugada que eu esperava O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen, em ‘O Nome das Coisas’
Hoje comemora-se o dia da Revolução dos Cravos1, como ficou conhecida a revolução do 25 de Abril de 1974. Ela derrubou o “Estado Novo” português, que ocupava o poder de forma ditatorial desde 1933.
O dia mundial do livro foi oficialmente definido pela UNESCO como sendo o dia 23 de Abril. No discurso deste ano, a diretora geral da UNESCO, Irina Bokova, iniciou com a seguinte afirmação:
O dia Mundial do Livro e do Copyright é uma oportunidade para destacar o poder dos livros para promover a nossa visão de sociedades do conhecimento que são inclusivas, pluralistas, eqüitativas, abertas e participativas para todos os cidadãos.
É curioso notar que a UNESCO comemora não apenas o “Livro”, mas também o “Copyright”. Mas isso fica para uma discussão futura.
Aller au delà de nos limites à travers le monde. J'en suis capable, pourquoi pas toi? Pourquoi pas nous? Ensemble nous sommes invincibles "Je suis femme and i can".
Melhores mensagens de grandes autores como Dalai Lama, Buda, Anaïs Nin, Kahlil Gibran, Hellen Keller, Horacio, Paulo Coelho, Goether, Martin Luther King y muchos más
Da forma mais espontânea possível quero passar para você a maneira como enxergo a vida, sobretudo as dificuldades e interpretações ao lidar com os muitos aspectos dela e espero que assim eu possa te acolher, através de um remédio que considero muito eficaz – as palavras, levando a mensagem de que você não está sozinho(a) ao atravessar os desafios da vida. Todos nós já passamos por algo que alguém já passou!
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